O deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) chamou de "política" a
intervenção na segurança pública do governo federal no Rio de Janeiro. O
posicionamento foi feito em um vídeo publicado em seu perfil no
Twitter, na manhã desta terça-feira, 20. Apesar de ter votado
favoravelmente ao decreto que aprovou a intervenção na madrugada desta
terça-feira, Bolsonaro fez críticas à medida, principalmente ao ser
questionado por um interlocutor se ele acha que o presidente Michel
Temer está "tentando roubar o seu discurso".
"Temer
já roubou muita coisa aqui, mas o meu discurso ele não vai roubar,
não", disse. "É uma intervenção política que ele está fazendo. Ele agora
está sentado, lá não sei aonde, tranquilo, deitado. Se der certo, eu
vou torcer para que dê certo, glória dele. Se der errado, joga a
responsabilidade no colo das Forças Armadas", completou.
No
vídeo, Bolsonaro disse ainda que, "se fosse presidente", seu decreto
seria "bastante diferente" e defendeu uma espécie de "retaguarda
jurídica" para os agentes que disparassem contra supostos criminosos em
operações. "O que nós precisamos no Rio de Janeiro, agora, é que esses
homens que vão estar nessa operação, após o cumprimento de qualquer
operação, caso venha abater alguém, respondam, mas não tenha punição
para eles", disse.
Para o deputado, a medida
corre o risco de ser paliativa. "Vai durar por 20, 30 dias e depois
volta tudo ao normal novamente", previu. Bolsonaro aproveitou ainda para
voltar a defender a posse de arma de fogo para "o cidadão de bem".
O Palácio do Planalto afirmou que não irá se pronunciar sobre as declarações do deputado.
CB.
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